segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cinco princípios para um bom design


O designer americano Joshua Porter publicou no Bokardo uma lista com cinco princípios de design que todos deveriam seguir, mas que infelizmente é difícil de encontrar em 90% dos endereços que visitamos cotidianamente.

Eis os cinco pontos destacados por Porter:

  • A tecnologia serve ao homem
  • Design não é arte
  • A experiência pertence ao usuário
  • O bom design é invisível
  • Simplicidade é a última palavra em sofisticação

Como se vê, não há nenhuma novidade ou nada que não tenha sido dito anteriormente. A grande questão é: por quê ainda é tão difícil encontrar projetos que possam ser classificados como ótimos na web?

O que Porter argumenta é que se uma pessoa não consegue usar determinada interface, a culpa é da interface que não é simples o suficiente, e não do usuário.

Ele fala ainda que arte é uma expressão subjetiva, enquanto design é projeto, é algo para ser usado. O ponto é que o produto é feito para ser utilizado, e não para ser admirado, como uma obra de arte.

O que leva a um termo bastante usado lá fora, mas que na visão dele é equivocado: o design da experiência do usuário. Ora, se o designer cria a interface, a interação, porém a experiência pertence ao usuário.

Voltando à questão do design “artístico”, o quarto princípio fala que o ótimo design é invisível. Aqui parte-se do princípio que quando algo funciona bem, como um Gmail, por exemplo, nem reparamos no design do produto.

Quando algo dá errado, entretanto, fica bastante óbvio para os usuários como o design é ruim e está prejudicando a conclusão de uma tarefa.

Simplicidade

Se design não é algo para ser admirado e deve passar o mais desapercebido possível, pode-se concluir que simplicidade é a última palavra em sofisticação.

Aqui chegamos de volta ao que o Nielsen falava lá no começo da web, a prática da simplicidade. Esqueçam as aberturas em Flash, o uso de Ajax para mostrar um texto, músicas, etc. Corte tudo o que for desnecessário, inclusive no texto. Assim os produtos terão uma significativa melhora como um todo.

Não defendo esse ponto de vista radicalmente. Na minha opinião, estética agrega valor na medida em que nós trabalhamos melhor em um ambiente em que nos sentimos confortável. Todavia há claramente, na grande maioria dos sites, um desequilíbrio entre estética e usabilidade. E isso é algo que precisa ser revisto urgentemente.

Postado originalmente no blog "Fator W"

@marina_lima

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