terça-feira, 28 de outubro de 2008

UPSIDE DOWN

A expressão Upside down remonta ao sombrio, porém badalado submundo de Londres na Idade Média. Naquela época, a teoria heliocêntrica de Galileu que afirmava que o sol era o centro imóvel do universo causou um burburinho enorme, assustando não só a classe científica como a religiosa. A teoria de Galileu rumava no sentido oposto aos estudos de Aristóteles: significava anos de crença se esvaindo diante de todos. Galileu, hoje considerado o “pai da ciência moderna”, tem registro na literatura como representante da batalha entre a rebeldia e o conformismo intelectual, entre a liberdade de pensamento e a censura, e, também, de forma mais veemente, a demonstração clara de que uma verdade pode ser reprimida durante muito tempo, mas não indefinitivamente. Uma teoria levantada no cerne da Itália atravessou fronteiras e fez Londres, como na gíria da época, ficar upside down, ou num português limpo e seco virar de cabeça pra baixo.
E assim também está o mercado financeiro mundial: upside dowm! Existe um alvoroço geral.Não é necessário ser nenhum especialista econômico para perceber que a crise desencadeada nos Estados Unidos é forte. E mesmo que alguns renomados da área financeira acenem que não há perigo iminente, nós preferimos acreditar que nada que aconteça nos Estados Unidos fica encapsulado só por lá. Mais dia menos dia termina chegando aqui.

Testemunhos de publicitários experientes do Brasil atestam, entre mil confabulações, teorias e especulações, que o mercado publicitário sempre sente. Talvez nada que comprometa o final de ano, época em que os contratos já estão fechados e as mídias garantidas.
E o conselho é um só: vale seguir a base teórica da profissão que recomenda que em tempo de crise o ideal é não reduzir os investimentos em publicidade. Vale a pena lembrar que uma marca quieta, sem voz no mercado abre espaço para a concorrência e pode ter a sua visibilidade furtada. Sabemos que na prática a realidade pode até ser diferente, mas acreditamos que a comunicação é dona de uma faceta incrível: a criatividade. E que em época de crise a comunicação criativa deve mais do que nunca ser utilizada para manter as vendas e provocar o consumo.


2 comentários:

  1. textinho tipo incríííível..:)))
    se o pai já provava, quem somos nós pra discordar?
    :D adoreei demaaaaaaiis!

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