quinta-feira, 23 de abril de 2009

TIPO CARVALHO

O mercado consumidor do Nordeste registrou em 2008 a maior taxa crescimento de vendas entre os supermercados brasileiros e virou alvo de disputa tanto de redes locais como de grandes varejistas internacionais.

Enquanto o faturamento nacional dos supermercados cresceu 10,6% no ano passado e atingiu R$ 159,1 bilhões, uma cifra recorde, a receita das redes nordestinas aumentou quase o dobro, 19,7%, descontada a inflação do período, segundo o 38º Relatório Anual da Revista Supermercado Moderno.

O estudo envolveu 460 empresas do varejo de autosserviço, que somam 3,8 mil lojas e respondem por 63,5% do faturamento do setor.

Ganhos de renda, benefícios sociais como o Bolsa-Família e a própria agressividade das redes locais após a chegada de grandes multinacionais à região são apontadas por Maurício Pacheco, diretor da revista e responsável pela pesquisa, como fatores que impulsionaram o forte crescimento de vendas no Nordeste.

O Bonanza Supermercados, com sede em Caruaru (PE), por exemplo, foi uma das empresas que se destacaram no ano passado.

O faturamento de R$ 205,9 milhões atingido em 2008, com 15 lojas, cresceu 18,7% na comparação com 2007, descontada a inflação do período.

O Wal-Mart, maior varejista do mundo, que faturou no ano R$ 16,9 bilhões no Brasil e expandiu em 13% sua receita, confirma o interesse e o bom desempenho das lojas localizadas no Nordeste. "As vendas do Nordeste cresceram dois dígitos e puxaram para cima o desempenho da companhia", afirma o vice-presidente de operações para a região, José Rafael Vasquez.

Mais da metade do R$ 1,2 bilhão investido pela companhia no país em 2008 foi para inaugurar ou reformar lojas no Nordeste. Das 34 lojas abertas no ano passado, 18 estão localizadas na região, que reúne atualmente 140 das 350 lojas da rede.

O Carrefour, líder do setor, com vendas de R$ 17,7 bilhões em 2008 e crescimento de 26,3%, segundo a pesquisa, praticamente abriu uma loja por mês no ano passado no Nordeste e no Centro-Oeste, destaca Sheila Hissa, editora da publicação.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, na íntegra, só pra quem é assinante.

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